PSOL oficializa candidatura de Marinor Brito para a Prefeitura de Belém

Conforme já era esperado, o ex-prefeito Edmilson Rodrigues realmente não será o candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) nas próximas eleições para a Prefeitura de Belém.

Em convenção realizada, ontem à noite, na Câmara Municipal de Belém, o PSOL, ao qual Edmilson está filiado desde que saiu do PT, oficializou o nome da vereadora Marinor Brito como a candidata da legenda à prefeitura da capital. A sigla também anunciou a coligação com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e lançou cerca de 30 candidatos a vereador.

Segundo Marinor Brito, a proposta do PSOL para Belém é de uma política voltada para a radicalização da democracia, para a criação de uma inclusão social efetiva, além da ampliação do leque de alianças com a classe trabalhadora. 'O PSOL nasceu para ser grande, nasceu com a força da luta do nosso povo. São muitos os desafios que estão colocados para o nosso partido, mas nós estamos preparados para enfrentá-los, porque no conjunto da nossa militância estão os princípios mais caros para o nosso povo, que são a ética, a moral e a luta intransigente pelos direitos do nosso povo. O nosso partido assumiu a ponta de lança da representatividade da esquerda brasileira', destacou. Marinor afirmou ainda que o PSOL é a única alternativa do povo para uma política diferente em Belém. 'Nós temos obrigação de devolver ao povo a relação democrática entre o poder público e a sociedade, por isso, vamos aprofundar os canais de participação popular. Vamos, à medida do possível, consolidar a implantação de programas sociais que garantam o direito da nossa juventude, porque não vamos permitir que o narcotráfico ou a rede de prosituição infanto-juvenil sejam os empregos oferecidos para a nossa juventude', enfatizou.

O ex-prefeito Edmilson Rodrigues, que já tinha manifestado a intenção de não concorrer novamente à prefeitura e se dedicar exclusivamente à conclusão do curso de doutorado que faz em São Paulo, disse que o PSOL lança uma candidatura pronta para disputar com os outros partidos, principalmente com o que ele chamou de 'farinha do mesmo saco', ou seja, PSDB, PT, DEM e outros. 'Nessas eleições, teremos um quadro muito claro, que é, de um lado, a frente de esquerda, formada pelos partidos com programas de lutas sociais e, de outro, aquele mesmo grupo, que é o grupo do Collor, do Sarney, do Maluf e do Lula', analisou. Já a presidente nacional da legenda, Heloísa Helena, que participou do evento, afirmou que o PSOL é um partido pequeno, mas não nanico. Ela reconheceu que a legenda participará de maneira modesta no pleito de outubro, mas assegurou que isso não esmorece a luta. 'O PSOL reconhece, humildemente, que constui uma estrutura partidária ainda pequena. Certamente, não apresentaremos candidaturas nem em 10% dos municípios brasileiros e paraenses. Isso porque fizemos uma opção de não promover o crescimento artificial, fermentado, pautado na medíocre matemática eleitorialista. Optamos por apresentar candidatura apenas onde o PSOL esteja efetivamente inserido nos movimentos sociais, nas lutas cotidianas do povo', frisou.

Jornal O Liberal - Poder - Edição de 28/06/2008