sábado, 2 de fevereiro de 2008

Covardia e incompetência

Há três anos na administração do Município, Duciomar teve tempo suficiente para providenciar para os camelôs da Avenida Presidente Vargas, um espaço apropriado e digno para trabalharem.
Estou entre aqueles que sempre desejaram ver a Avenida Presidente Vargas esvaziada daquela quantidade enorme e desorganizada de vendedores informais. Tanto os moradores da área, quanto os comerciantes e seus empregados, bancários, funcionários públicos, e outros freqüentadores diários daquela tradicional área de comércio, ansiavam por uma solução para aquele antigo imbróglio.
Alguma coisa precisava ser feita, visto que no decorrer dos anos aquele imenso espaço público transformou-se num dos lugares mais caóticos da capital paraense.
No entanto, estou, também, entre aqueles que não conseguem entender por que, nos quase quatro anos de sua administração, o prefeito Duciomar Costa ainda não tenha providenciado para os camelôs da área, um espaço apropriado e digno para eles trabalharem. Afinal, essa pequena parcela da população precisa dar continuidade as suas atividades, que, em última instância, são tão profissionais quanto a do prefeito de Belém.
Aliás, todos eles possuem os mesmos tipos de despesas que qualquer um de nós: material escolar dos filhos, aluguel da casa, conta de água, luz e telefone, alimentos, roupas, remédios, etc. Certamente, até que consiga lhes dar outro lugar para estabelecerem seus pontos de venda, Duciomar não arcará com nenhuma das despesas pessoais desses mais de 400 camelôs.
O fato é que, para acatar a decisão judicial expedida em Brasília no final de 2007, pelo desembargador Souza Prudente, da 2ª Vara Federal, Duciomar montou uma verdadeira operação de guerra para tirá-los de lá. Tendo a sua retaguarda o forte aparato das forças policiais do Estado e Federal, e Guarda Municipal. Dessa forma, autorizou, inclusive, o uso de tratores, que destruíram as barracas destes trabalhadores. Uma verdadeira covardia.
O prefeito Duciomar Costa desconhece que uma das qualidades do bom administrador é tentar enxergar o resultado de suas ações, mesmo antes deste resultado aparecer. Agindo como um visionário, o administrador competente prevê as conseqüências de seus atos. Especialmente no trato com pessoas, o bom gestor deve ser ainda mais cauteloso, fazendo de tudo para evitar ferir a dignidade de alguém.
Mas Duciomar Costa não é um bom administrador, fato constatado por suas atitudes.
Ainda bem que seu mandato termina esse ano.

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