terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Afrânio Boppré, novo presidente nacional do PSOL

A reunião da Executiva Nacional do PSOL, realizada em 4 e 5 de dezembro, elegeu por unanimidade o professor e economista Afrânio Boppré como o novo presidente do partido, antes ocupava o cargo de secretário-geral. O PSOL estava sem presidente nacional desde 20 de outubro, quando Heloisa Helena renunciou ao cargo. Afrânio Boppré é, sem dúvida, um dos maiores quadros da esquerda socialista do Brasil.
Afrânio Boppré
Afrânio Boppré nasceu em 1960, em Florianópolis. Aos 19 anos, envolveu-se com o clima político da chamada Novembrada, protesto de populares e estudantes na Capital que exigia o fim da ditadura militar, e que obteve repercussão nacional. A partir daí, manteve intensa relação com a política.
Formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Durante o tempo em que esteve na universidade, foi presidente do Centro Acadêmico Livre do curso e participou da reconstrução da União Nacional dos Estudantes (Une). É também mestre em Geografia com concentração na área de desenvolvimento urbano.
A formação em Economia conduziu Afrânio ao trabalho no Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) e ao estudo das questões que influenciam a realidade brasileira. É também professor.
No início dos anos 80, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores em Santa Catarina. Em 1990, disputou pela primeira vez um cargo político, concorrendo a deputado federal. Dois anos depois foi eleito vice-prefeito de Florianópolis pela coligação Frente Popular.
Nas eleições de 1996, candidatou-se a prefeito da Capital e chegou ao segundo turno. A experiência eleitoral motivou Afrânio a escrever o livro "Esperança Interrompida", no qual retrata os bastidores daquela eleição. Em 2004, Afrânio voltou a ser candidato a prefeito.
Exerceu dois mandatos como deputado estadual, de 2000 a 2006. Liderou a bancada petista em 2002 e 2003 na Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Em setembro de 2005, desligou-se do PT para filiar-se ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade).

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