Do PORTAL ORM
Ocupantes de cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) e servidores temporários da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) estão indignados com a carta de dispensa emitida, ontem, pelo órgão. Os 16 trabalhadores na área da saúde disseram que foram dispensados porque não aderiram às pressões políticas internas e, consequentemente, não fizeram campanha para a candidata à reeleição no governo do Estado, Ana Júlia Carepa. A justificativa informada pela direção da Sesma para a dispensa dos DAS e temporários, segundo os profissionais, seria de que o órgão passava por uma reestruturação.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou "que alguns servidores que atuavam no Departamento de Atenção Básica (DAB) foram demitidos por não atenderem aos requisitos de trabalho e as demandas do departamento que lhes eram confiadas". A Sesma informou ainda que "não está realizando campanha política interna para nenhum candidato que disputa o cargo de governador do Estado do Pará."
Uma enfermeira, que não quis se identificar, com medo de represálias, relatou que ocupava um cargo de DAS no Departamento de Ações de Saúde da Sesma havia pouco mais de um ano, quando foi informada que seria dispensada pelo órgão. Ontem, ela e os 15 profissionais do departamento foram até a sede da secretaria, na rodovia Arthur Bernardes, receber a carta de dispensa do órgão. "Recebemos a carta, mas não vinha informando o motivo da nossa saída. Até uma, pessoa que estava fazendo campanha contrária a da Ana Júlia, foi dispensada. Havia pressões internas, mas nós não entramos", disse a enfermeira, que também é servidora estadual e federal e estava cedida ao município.
O grupo contou que recebeu a notícia - informalmente - de que seria dispensado porque o Departamento de Ações de Saúde da Sesma estava "passando por uma organização de serviço", afirmou outra enfermeira, que também não quis se identificar. Ainda segundo os dispensados, o departamento reestruturado e, consequentemente, os servidores temporários e DAS não se enquadrariam no novo plano de trabalho.Edição de 19/10/2010
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