A forma como o político brasileiro trata o dinheiro público continua dando o que falar. Recentemente foi divulgado na coluna de O Liberal (Repórter 70) que cada deputado federal do Pará prometeu à diretoria da Festa de Nazaré reservar R$-200.000,00 (cada um) para o orçamento de 2009, montante que será utilizado para alargar o espaço físico utilizado na grande festa dos católicos paraenses realizada no mês de outubro de cada ano. Evidentemente, nenhum cidadão brasileiro sério concorda com esse absurdo e espera-se que a liderança da Igreja Católica não aceite proposta tão descabida. Afinal, a referida igreja, que ultimamente tem tentado se aproximar mais da doutrina bíblica, sabe que em hipótese alguma tal doutrina mistura o dinheiro sagrado com o dinheiro público. Este último (dinheiro que pertence a todos os cidadãos brasileiros) não pode ser usado em movimentos religiosos. Por isso as Escrituras Sagradas declaram em Malaquias 3:10: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida”. Onde estão os dois milhões de acompanhantes do círio? Como fica o princípio bíblico citado? O versículo 8 do mesmo capítulo 3 do livro de Malaquias alerta de forma bem dura: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas”. Assim, torna-se necessário a liderança católica doutrinar seus fiéis seguidores sobre esse importante assunto para evitar o uso indevido do dinheiro público em seus projetos. Vale lembrar que os deputados, eleitos pelos donos do dinheiro público, também não podem e nem devem tomar essa atitude. Caso contrário, qualquer denominação religiosa desprovida de princípios éticos e cristãos pode também reivindicar tal benefício para si. No escândalo das ambulâncias superfaturadas (as sanguessugas), um deputado federal (apóstolo de uma grande denominação evangélica de Belém) teria alegado que o dinheiro das ambulâncias utilizado por ele não foi desviado, mas sim utilizado para reforma/construção de templos de sua organização religiosa. Vejam só que absurdo! Como alguém que afirma ter a Bíblia Sagrada como regra de fé e prática pode agir dessa maneira? Como casar essa prática com a fé proclamada?
As autênticas igrejas evangélicas (fiéis à doutrina dos verdadeiros apóstolos) jamais permitirão o envolvimento de políticos em seus templos, pois sabem que o interesse maior deles é propor favores em troca de votos, prática totalmente ilícita e inaceitável diante de Deus e dos tribunais eleitorais. Elas sabem que Deus é fiel e têm certeza que sempre cumpre suas promessas.
Os cidadãos brasileiros honestos esperam que a proposta dos deputados paraenses não prospere. Esse dinheiro deve ser canalizado para a educação, segurança e saúde, setores esses, sim, carentes de recursos públicos para poderem atender com o mínimo de dignidade o tão sofrido e injustiçado povo brasileiro.
Humberto Jônatas Jorge Miranda
Um comentário:
O PAVA está fazendo uma Newsletter só para blogueiros e dessa vez é sério.
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