Não me sinto nem um pouco comovido com o “sofrimento” da maioria dos Servidores Temporários, que diariamente arrumam algum factóide para aparecerem na imprensa.
Primeiro porque já sabiam eles - desde que foram contratados na condição de Temporários – de suas condições empregatícias. E que por isso, estavam com seus dias contados, isto é, teriam apenas dois anos de contrato, renováveis por mais dois, dependendo da necessidade do órgão que os admitiu. Sabiam também que para entrar pela porta, como Servidor Público, o cidadão precisa ser aprovado em Concurso. De outra forma o Governo vira casa-da-mãe-joana. Como, aliás, vem sendo desde que Cabral por aqui aportou.
Alguns deles, mas acredito que apenas uma minoria, por uma questão de bom senso, bem que mereceriam permanecer, pois suas idades e seu tempo de serviço para o Estado já lhes dariam esse direito. Repito, apenas por uma questão de bom senso. São homens e mulheres com mais de 50 anos de idade, que ocupam funções básicas em órgãos de Saúde e Educação, e que estão lotados há mais de 15 ou até 20 anos.
No entanto a maioria desses Temporários já deveriam ser considerar satisfeitos pelo que ganharam nesses anos como servidores do Estado. Especialmente desse nosso Estado, que se acostumou a empregar Cabos Eleitorais, como forma de pagamento pelos serviços prestados em campanhas políticas. Prova disso são as líderes do movimento dos Temporários, que hoje berram, nos telejornais contra o governo da Ana Júlia, e que são as mesmas que de tudo fizeram para reeleger o ex-governador Simão Jatene, na campanha de 2006. Certamente para se manterem por mais quatro anos nos seus cargos. Ganhando, além dos salários, cursos e viagens, engordando suas contas bancárias com diárias pagas pelo governo e enriquecendo seus próprios currículos.
Há mais de 20 anos lutando por uma vaga no serviço público, sempre vi essas contratações de temporários, como a mais clara demonstração de injustiça do Governo do Estado, para com aqueles que querem seguir o caminho correto do ingresso no serviço Público. Cidadãos que investem na educação de seus filhos, na esperança de conseguirem um emprego digno de suas formações. Que pagam para estudar em cursinhos preparatórios, mesmo não possuindo recursos suficientes para esse fim.Parabéns ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que determinou ao governo do Estado que ponha um fim nessa lambança.
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