Cerca de 300 famílias sem teto despejadas pela Polícia Militar nesta terça (11) e quarta-feira (12 de agosto) estão acampadas na frente da sede da prefeitura de Altamira, no Pará.
Elas reivindicam a intervenção do poder público na questão da moradia – problema que se alastrou com a concessão Licença de Instalação (LI) da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Este é o terceiro protesto consecutivo.
Elas reivindicam a intervenção do poder público na questão da moradia – problema que se alastrou com a concessão Licença de Instalação (LI) da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Este é o terceiro protesto consecutivo.
“Aqui ninguém sabe pra onde vai”, diz M. L., uma das despejadas. Na frente da prefeitura, junto com os moradores, caixas d’água, paus, armários antigos, roupas, panelas, fogões, garrafas térmicas, móveis e roupas – ou seja, a mobília e pertences dos despejados – completavam o cenário. O Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) isolou a quadra da prefeitura. A Guarda Municipal também permanece na area.
“Eles [os donos do terreno] pagaram pro caminhão trazer as coisas”, conta. A reportagem apurou que o mesmo Ubiratan, que acusou o bispo da Prelazia do Xingu de ser o “mandante” das ocupações em meados de junho, era quem pilotava o caminhão que trouxera os pertences das famílias.
De acordo com os sem teto, as casas que já haviam sido construídas nos dois territórios foram derrubadas. “Eu trabalho no lixão. Minha casa toda foi feita com coisas que eu trouxe de lá, todos os dias, pau por pau, tábua por tábua. E agora?”, conclui M. L..
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