quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Assista os vídeos lançados pelas ONGs contra Belo Monte

Do Diário do Pará
O Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que une várias entidades contra a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, lançou ontem, em Belém, um vídeo que busca apresentar didaticamente os impactos sociais, ambientais e econômicos da barragem prevista para o rio Xingu.
Com o título “Defendendo os Rios da Amazônia”, o vídeo faz parte de uma campanha internacional coordenada pelo Movimento, organizações sociais e ONGs em defesa do rio Xingu e será disponibilizado na internet, em inglês e português, na expectativa de envolver a sociedade e agregar novas vozes contra a usina.
“A realidade é que o Governo Federal pretende destruir a fauna, flora e todos os recursos naturais existentes na nossa região. O vídeo mostra essa triste realidade”, afirma a coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Antônia Melo.
O vídeo é narrado pela atriz paraense Dira Paes e demonstra os impactos da construção de Belo Monte, como o alagamento de uma área de aproximadamente 640 quilômetros quadrados, o deslocamento das famílias que moram nessa região, além do impacto na vida de cerca de 25 mil índios de 24 etnias que utilizam o rio para subsistência. As entidades que lutam contra Belo Monte também dizem que o empreendimento pode levar à seca de um trecho de cerca de 100 quilômetros de rio, afetando populações indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares e à extinção de pelo menos 10 espécies de peixes.
Para a índia Sheila Juruna, os índios sentem-se ameaçados pelo governo federal. “Aqueles que se manifestam a favor não estão falando por toda a tribo, mas o que acontece é que eles se sentem ameaçados em seus direitos básicos, como a saúde e educação”, afirmou.
Atualmente, segundo o procurador Felício Pontes, existem nove processos impetrados pelo Ministério Público Federal para impedir a construção da usina. “Se um deles for deferido, o projeto para no mesmo instante”, afirma.
Pontes explica que existe somente uma licença prévia de autorização, concedida pelo Ibama, mas que ainda faltam outras duas – de instalação e de operação – para que, de fato, as obras se iniciem. Para que a licença de instalação seja liberada, a empreendedora precisa cumprir 40 condicionantes, entre as quais está incluída a construção de escolas, hospitais, obras de saneamento e projeto de qualidade da água. “A estimativa é que a população de Altamira duplique em um ano, por isso a cidade precisa estar preparada. Até agora, poucas dessas condicionantes foram cumpridas”.
Assista os vídeos nas postagens a seguir.

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