O Partido dos Trabalhadores está pagando um alto preço político por permitir que alguém com o perfil do atual chefe da Casa Civil, Everaldo Martins, conduza as negociações com o propósito de reeleger a governadora Ana Júlia Carepa. Everaldo, que responde a diversos processos na justiça por malversação de dinheiro público, tem causado grande constrangimento a uma parcela da militância petista, por ser desprovido de limites ideológicos quando busca atingir seus objetivos.
Em Santarém, onde Martins costumava se envolver em tudo, até com o que não lhe dizia respeito, foi com alívio que a militância do PT recebeu a notícia da sua transferência para Belém. A própria irmã, a prefeita Maria do Carmo, o incentivou a assumir a Casa Civil para se livrar dos incômodos da sua presença na administração pública municipal.
A família Martins, em Santarém, tem um conhecido histórico de militância nas fileiras de partidos de direita, com origem na finada ARENA, o partido da ditadura. A filiação dos Martins no Partido dos Trabalhadores ocorreu por pura conveniência, quando perceberam que teriam dificuldades de controlar outras siglas. Dessa forma, o PT surgiu como alternativa.
A atual negociação para a privatização da Cosanpa, oferecida como moeda de troca ao PTB, demonstra como Everaldo costuma agir quando quer conseguir seus objetivos, nesse caso com absoluta irresponsabilidade com o patrimônio público.
O pragmatismo cego de Everaldo Martins, para quem os fins justificam os meios a qualquer custo e de qualquer maneira, o leva a cometer esses desatinos. E o que se comenta é que, desde a sua frustrada tentativa de unir o PT ao DEM local, um grupo de militantes petistas está aguardando a hora de lhe dar o troco.
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