Na tarde da quinta-feira, 29/7, um desses milhares de ônibus velhos, sujos e desconfortáveis, que circulam pelas ruas e avenidas de Belém, bateu violentamente num poste da Avenida Nazaré, entre as travessas Benjamim Constant e Doutor Moraes. Em conseqüência, engarrafamento e pane na energia elétrica local. E pior, muitos passageiros machucados. Entre eles, uma senhora quebrou um dente, outra fraturou o nariz.
Conta o motorista, que dirigia a apenas 40 km por hora, quando foi fechado por outro ônibus e que, para evitar o choque, preferiu jogar o seu coletivo contra o poste. Mas todos sabemos que, é apenas por sorte, que acidentes como esse, causados por ônibus, não acontecem com mais freqüência em Belém.
Nós, passageiros, sabemos muito bem como é que essas porcarias trafegam pela cidade. Em pé ou sentados, temos que nos agarrar nas barras de ferro, com as duas mãos, para não sermos arremessados no chão, todas as vezes que os motoristas dão partida ou freiam.
Essas latas velas, muitas fabricadas há mais de 10 anos, que circulam sem nenhuma fiscalização, põem em risco, a todo instante, as vidas das pessoas que precisam chegar aos seus destinos. Estudantes, trabalhadores, donas de casa, idosos, crianças, que, sem outra opção, pela falta de uma condução própria, são obrigadas a se submeter, também, às diabruras de motoristas despreparados para atuar na direção de transporte coletivo.
Enquanto a Prefeitura de Belém, através da CTBEL, não cumprir a função de organizar o trânsito na cidade, fiscalizando a qualidade dos ônibus e cobrando dos donos das empresas que realizem cursos de capacitação para condutores, punindo infratores, muitos acidentes ainda vão acontecer e nós, pobres cidadãos, continuaremos a sofrer dentro e fora dessas imundícies.
Ninguém tem dúvida de que a culpa, pelo caos do trânsito de Belém, assim como de todas as outras mazelas da cidade, é conseqüência da má gestão do poder público municipal.

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